terça-feira, 10 de novembro de 2015

Novas padronagens em bolsas e almofadas

Em Rio Bonito as 5 artesãs do grupo Ecopolo trabalham gerando produtos de decoração feitos na técnica milenar do tear manual. O grupo tem 7 teares que são habilmente manejados pela Cremilda, Patrícia, Alessandra, Iraci e Gracinha, sob a coordenação da Clarice.

Para a nova coleção de Verão da Rede Asta, o grupo inovou cocriando lindas bolsas, tapetes, caminhos de mesa e capas de almofada que seguiram a tendência da moda em estampas e padronagens. Em 2014 as artesãs fizeram uma oficina com um especialista em tear, o Rodrigo “tecelão”, para aprender novos desenhos que valorizassem suas peças. O resultado foi surpreendente, mas elas não sabiam o que fazer com as coloridas estampas criadas. Foi então que fizemos oficinas de desenvolvimento de produtos em parceria com a designer Raíssa Colela, que trouxe seu olhar do mercado da moda e as últimas tendências para que os produtos tivessem maior aceitação no mercado.


“Quando cheguei ao grupo Ecopolo, minha primeira intenção foi olhar para o que elas lá descartavam. Minha intenção era pesquisar algo mais gráfico, que desse uma cara de padronagem localizada, e não corrida, como o grupo já vinha trabalhando há anos. Para minha felicidade, achei retalhos de padronagens, e estudos de novos desenhos, que se ajustavam ao que queria, eram gráficos, coloridos e geravam uma nova identidade para o grupo.”, explica Raíssa.

A estampa Pied de Poule também foi uma das novidades aprendidas pelo grupo e se tornou o carro-chefe da linha de almofadas da nossa Coleção. Essa estampa tradicional entrou na moda quando foi usada por Coco Chanel na década de 30 e posteriormente por Christian Dior. De lá pra cá, continua clássica e em alta.

Além das novas padronagens, novas modelagens para as bolsas foram desenvolvidas com a ajuda do Luis, parceiro do grupo que ensinou os novos formatos, dando um desenho mais urbano e versátil às peças. Para a técnica do tear, é preciso que o molde seja feito no papel e em seguida cortado em TNT. Esse tecido é costurado no tecido tramado no tear para manter a integridade da trama. Assim nascem bolsas lindas, modernas e com a cara das ruas, para mulheres modernas e que sabem o valor de uma peça feita por produtores locais.

Em relação ao contato com o grupo diretamente, a designer percebeu uma alegria por partes das tecelãs logo de início, pela possibilidade de um novo olhar, pelo desafio de se reinventar.

“A sensação final é essa, elas criaram uma coleção que estava lá, já dentro do atelier, mas que pelo dia a dia e pelo natural hábito de fazer de uma determinada maneira aquilo que sabemos, não podia ser vista por elas mesmas. O meu papel foi o olho de fora, um olhar mais fresco para aquele universo, que estimule aquilo que já está lá em potencial, mas que é chamado e convidado agora a participar do processo de criação. A coleção ficou linda, cheia de surpresas e novidades!”, finaliza Raíssa.

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